Eu sempre fui bastante curiosa.
Daquelas de comprar um doce diferente na barraquinha da praça,
de experimentar aquele produto que ninguém nunca ouviu falar...
Muitas vezes fui desaconselhada, mas nunca desisti das minhas aventuras gastronômicas.
Sempre era a única criança a "atacar" a farofa de miúdos...
Peixe com soda cáustica? O lutefisk norueguês - sim, eu adoro!
Bom, chega de banho maria, vou chegar logo ao ponto.
Descobri uma barraquinha de temperos na feira, que eu adoro.
Lá, entre muitos temperinhos, tem um que rapidinho virou meu favorito, o bacon.
São cubinhos de bacon do tamanho de sementes de uva, totalmente
sem gordura, crocantes e com um gostinho de defumado...
Custa R$ 0,50 o pacotinho.
Não sei se é bacon de verdade, e se for, de onde vem esse porco.
Não sei se é uma misturinha com sabor bacon, e se for, do que é feita.
Será que a elaboração é feita em um lugar limpinho, com controle de higiene? Não sei.
Será que a pessoa que faz o bacon lavou as mãos antes de manuseá-lo? I don't know...
Mas sei que esse bacon é uma delícia!
A maioria dos meus temperinhos não vem em tubos de ensaio,
nem em latinhas decoradas, mas em saquinhos de papel ou de plástico.
E aí vem a minha experiência do almoço de Páscoa.
Fui à um restaurante bem conhecido, com uma fila de espera considerável,
e uma conta bem alta.
Pedi o "carro chefe", o prato pelo qual o restaurante ficou conhecido,
avaliado e indicado por críticos gastronômicos: um steak de atum...
Eu não tinha alí a origem daquele peixe, nem sua conservação
descritas no cardápio - assim como o meu bacon.
Mas não se indaga algo assim quando se pede uma refeição em
restaurante conhecido - já é algo subentendido.
restaurante conhecido - já é algo subentendido.
E passei mal. Passei muito mal.
Com o peixe, não com o bacon...
Aí está a sopinha de hoje:
Creme de mandioca com bacon
(sim, o bacon de saquinho, de R$ 0,50)...
Aqui com banana ouro, pimenta calabresa
(de saquinho também), e um salzinho defumado
- este veio da latinha, tenho que admitir!