Adoro alimentos sem personalidade
definida, tipo... chuchu e abobrinha.
Na verdade, acho que pode se dizer que eles têm a
personalidade forte, porque podem ser doces ou
salgados sem ficar com crise de identidade!
Adoro, por exemplo, doce de chuchu e bolo de abobrinha.
Acontece que trouxe uma abobrinha
do Uruguai -sim uma única abobrinha,
muito simpática, chamada zapallito de tronco.
do Uruguai -sim uma única abobrinha,
muito simpática, chamada zapallito de tronco.
Uma abobrinha que, além de ter essa sua personalidade
não-definida e ser bem simpática, ainda tentou
bater papo comigo na cozinha.
bater papo comigo na cozinha.
Isso mesmo. Cada vez que entrava na cozinha,
ela me olhava com cara de abobrinha
ela me olhava com cara de abobrinha
e me perguntava:
E então, já sabe o que vai fazer comigo?
E então, já sabe o que vai fazer comigo?
Não bastando me encarar na cozinha, ainda se fez
presente sempre que eu falava dos alhos
(aqueles gigantes).
(aqueles gigantes).
Ela entrava no meio da conversa:
não vai falar de mim não?
não vai falar de mim não?
Pois os dias foram passando, e,
pra ser bem sincera,
pra ser bem sincera,
eu não havia pensado muito no que fazer com ela.
Fiquei com dó, e eu tinha uma só...
Ela acabou como coadjuvante,
e perdeu pro dill -
e perdeu pro dill -
este sim, não soube ser muito discreto.
Também entraram nessa o tomate pelado,
o risoni e a carne moída.
o risoni e a carne moída.
O resultado: dill- com risoni e carne moída...
na abobrinha!
na abobrinha!
E, pra não deixar a simpática abobrinha magoada,
chamei a Stella (a Artois) pra acompanhar:
chamei a Stella (a Artois) pra acompanhar:
Será que eu estava esperando demais da abobrinha?