Um pouquinho longe, mais muito feliz!
Saiu matéria nova do PF no jornal, estou trabalhando
bastante com coisas que amo, coisas se encaminhando. Feliz ;)
Como sempre, 1001 idéias para escrever aqui no blog, mas agora,
falta tempo - e isso é muito bom!
Estou convivendo com gastronomia, fotografia, food styling e design
- toootalmente "minha praia, minha montanha, minha cidade!"
As postagens serão um pouco menos frequentes,
vou postar pelo menos uma vez por semana, mas com muitas
novidades e muita coisa nova pra contar!
Hoje pensei em comentar sobre as reflexões das minhas últimas andanças.
Recentemente tenho visto muitos estudantes e recém-formados em
Gastronomia - de todas as idades, tribos e origens.
Dos super jovens, todos tatuados e cheios de piercings, aos da
3ª idade, mais reservados e discretos.
E vejo-os se portarem de maneiras bem distintas...
Alguns, com os diplomas ainda frescos de tinta, já mostram o
título de Chef em seus dolmãs decorados e coloridos e seus
crocs vermelhos/amarelos/verdes/azuis, e pinça no bolso;
outros com uma feição
outros com uma feição
quase que de medo perante o chefe, esperando serem chamados
para ajudarem na montagem de um prato, como crianças que
aguardam sua vez para falarem com o papai Noel na fila do shopping, sabe?!
Não sou tão velha assim, mas nos meus tempos de estágio, o estagiário
deveria passar por toooodas as praças da cozinha, aprender toda a
rotina dos ingredientes - sim, a rotina dos ingredientes,
porque eles tem todo o seu passo-a-passo a ser realizado,
cada um deles, desde a salsinha até o foie gras.
Os estágios demoravam vários meses... Mas no final, sentia-se
realmente pronto para soltar os pratos de todas as praças.
realmente pronto para soltar os pratos de todas as praças.
Hoje em dia, vejo "chefes" que se formaram à menos de seis
meses, que já passaram por sete, oito estágios depois de formados.
Pergunto-me cada vez com mais frequência: o que eles
aprenderam? Será que realmente aprenderam alguma coisa?
Ainda sou à favor de que deveria haver uma prova e um
tempo mínimo para um cozinheiro poder ser chamado de chefe...
Com cada vez mais frequência, vejo-os de celular em punho,
tirando fotos dos pratos executados (na maioria das vezes,
por outros cozinheiros) e postando-as nas redes sociais ,
cada mês de um estágio em um restaurante diferente.
Será que algum destes novos-chefes sabe fazer um prato
que não seja em baixa temperatura? ...
O que mais escuto no meio desses novos chefes?
Espuma, confit, baixa temperatura, pinça, tatuagem, Noma.
Peraí! Eu disse Noma?!
Quem falava em gastronomia escandinava à uns dois, três anos atrás?!
Alguém sequer sabiae da existência dos restaurantes de lá?
Será que alguém sabia, antes do Noma, das técnicas e
dos ingredientes da Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia...?
Ouvi recentemente de um chefe europeu, a seguinte pérola:
Escandinávia?
É um país? Uma cidade?
Depois das devidas apresentações Escandinávia-chefe/chefe-Escandinávia,
preferi não dizer mais nada...
Por tanto, não é preciso refletir muito para (me) perguntar:
Para onde vão todos esses chefes? (se não tiverem $eu$
próprio$ inve$tidore$... ou o famoooso Q.I.) ?
Será que tem emprego pra todo esse pessoal?
Será que tem emprego pra todo esse pessoal?
Quando vai começar uma onda de Noma-Noma-Noma
por aqui, com montagem de pratos inspirados nos de lá
(tronco de árvore, prainha, floresta, o camarõazinho vivo
e saltitante, o ovo e o timer, as mesas sem toalha)... ?
e saltitante, o ovo e o timer, as mesas sem toalha)... ?
E chamarão isso de "nova tendência"...
Ah, já começou! E eu estou assistindo de camarote!
E adorando muito tudo isso!